Red Zebra – Bastogne (1981)

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O pós-punk é um poço sem fundo: quanto mais você desce e escava, mais bandas aparecem, e o ciclo se torna interminável e extremamente vicioso. Foi numa dessas descidas que descobri o Red Zebra, banda que começou no final dos anos 70 e até hoje (acho que) anda por aí.

Após dois singles – os também clássicos perdidos I can’t live in a living room e I’m falling apart – o então quarteto belga lançou o que é considerado seu primeiro álbum cheio. Com cinco músicas fodidas Bastogne saiu em 1981 pela Zebra Records, produzido pela própria banda ao lado de Jean-Marie Aerts (T.C. Matic, Specimen & The Rizikoos), e é daqueles tesouros escondidos esperando ser descobertos por algum arqueólogo das trevas.

Da faixa homônima e instrumental de abertura até o encerramento com a darwinista “Man comes from the ape” o álbum traz aquele pós-punk classudo, sombrio até os sulcos, com cozinha marcada/tribal e guitarra tempestuosa servindo de cama para o mesmo Peter Slabbynck que ainda está à frente das zebras vermelhas cantar seus versos felizes e ensolarados:

‘I can’t remember
When I was happy
Thought you were heaven
I went through hell
Shadows of doubt…’

Pra escutar no talo, se perder no poço dos bons sons e entender (mais) sobre o porque do pós-punk seguir reverberando alto. Essencial!

🦇 🦇 🦇🦇🦇

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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