Estamos em 2024, os Ramones fizeram seu primeiro show há 50 anos, sua história já foi contada e recontada de diversas formas, todo mundo sabe tudo sobre o quarteto do Queens e já escutou todos seus discos. Então por que, senhor editor, por algo deles pra rodar no PCP?
Porque Ramones é foda. Fim! E porque talvez, apenas talvez, nem todos saibam que um ano antes da estreia homônima em abril de 76 houve um álbum de demos. E sua história é bem simples e rápida, igual a música dos caras que me ensinaram a viver essa porra de rock and roll.
Uma jornalista chamada Lisa Anderson viu a banda no CBGB no início de 1975 e ficou enlouquecida com eles (quem não ficaria?), tão enlouquecida que passou a divulgar a banda onde pudesse, até que falou com Danny Fields – o homem que entre muitas outras coisas fez a Elektra contratar Stooges e MC5 – para que os agenciasse; ele topou, e para ter algo em mãos levou os moleques a dois estúdios, Dick Charles Recording Inc. e 914 Sound Studios (neste com Marty Thau, que depois viria a co-produzir o debute do Suicide). Destas sessões saíram 14 canções.
A demo foi então levada pelo ‘caça talentos’ da Sire Records Craig Leon ao presidente da gravadora, Seymour Stein, que comprou a ideia de seu A&R e assim os Ramones assinaram um contrato de 5 anos. O resto, como dito, todos já sabem.
Ao que me consta Demos 1975 viu oficialmente a luz do dia em 2021 e agora em 2024 foi relançado no Record Store Day com uma faixa a menos (“I don’t wanna go down to the basement”). Fiz ou tentei fazer uma playlist no youtube com a versão ‘original’, então pra quem nunca escutou as versões ainda mais cruas de clássicos como “Judy is a punk” e “Now I wanna sniff some glue”, esta é a hora.
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Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos