Comecei a ler recentemente “Good pop bad pop”, uma espécie de biografia de Jarvis Cocker narrada em primeira pessoa através da infinita memorabília que o vocalista do Pulp juntou durante anos no sótão da casa da mãe.
Não vou me aprofundar em seu universo particular de acumulador (risos), apenas recomendo MUITO que você descole o livro (nem que seja emprestado, como eu. Aliás, obrigado Mac!).
O lance é que em determinado momento há o nascimento real da banda (já imaginada por Jarvis desde sua infância) e, bem, essa é a razão deste post.
Bem antes de It, primeiro disco dos caras, e muuuito antes deles chegarem ao sucesso sonhado pelo menino-Cocker, os ainda pirralhos Pulp ficaram sabendo que John Peel e seu ‘roadshow’ passariam por sua cidade, e Jarvis estava decidido a encontrar seu guru musical, entregar-lhe uma fita demo do jovem quarteto e, se possível, dizer-lhe algumas palavras.
Foi então à escola politécnica de Sheffield e, mesmo ‘travando’ e não conseguindo trocar a ideia desejada com o professor Peel, entregou o tal cassete. 5 dias depois o produtor John Walters ligou para a casa da avó de Jarvis: o Pulp iria para Londres gravar uma sessão na BBC.
Então os guris – com idades entre 15 e 18 anos – sob a tutela de Dale Griffin registraram 04 canções em 07 de novembro de 1981, e o programa foi ao ar 11 dias depois, sendo reprisado outras três vezes (em dezembro do mesmo ano, fevereiro de 82 e setembro de 1985).
Das faixas tocadas apenas “Wishful thinking” entrou no debute da banda, que sairia em 83; musicalmente nenhuma delas lembra o que o Pulp apresentaria em sua estreia e nem de longe se aproximam de “Babies” ou “Disco 2000”. Mas aqui não cabem explanações sobre suas raízes pós-punk ou comparações com o que se tornariam, importante é sacar seu batismo.
Descubra!
Faixas:
Turkey Mambo Momma
Refuse To Be Blind
Wishful Thinking
Please Don’t Worry
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos