Mission of Burma – Signals, Calls and Marches (1981)
Em meio a meus pensamentos normalmente caóticos e nem sempre coerentes, uma ideia permanece firme como rocha: a de que dois discos lançados nos dois primeiros anos da década de oitenta moldaram o que veio a se chamar indie rock algum tempo depois. Esses petardos são …And don’t the kids just love, do Television Personalities, que saiu em 1980, e Signals, calls and marches, este primeiro EP do Mission of Burma que nasceu em 1981.
Você pode discordar? Claro que sim! Eu vou ligar pro que você pensa a respeito? Claro que não!
Porque o que Roger Miller, Clint Conley, Peter Prescott e Martin Swope cometeram em agosto daquele ano com guitarra, baixo, bateria e manipulação de fitas foi antever o que uma geração de bandas faria e continua fazendo de lá pra cá. Fim, Ponto final. Pensando bem, mentira, porque voltando à 1980 os Burmas já tinham feito tudo isso com o single que trazia Academy fight Song e Max Ernst , que por sinal estão nesta versão de Signals… que compartilhamos aqui, relançada pela Matador em 2008.
Enfim, tudo mudou com os primeiros registros do Mission of Burma. Exagero? Pense em Superchunk, R.E.M, Pixies, até nos contemporâneos Husker Du; depois pense em quantas bandas eles inspiraram da metade dos anos 80 em diante. Dá pra dimensionar, né?
Você pode atestar tudo isso escutando Signals, calls, and marches logo abaixo. Enquanto a mim, seguirei por aqui relembrando uma noite bêbada – pouco antes da pandemia devastar o mundo – em que três amigos berravam na mesa do bar acompanhando “That’s when I reach for my revolver”…
Ou no spotifail
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos
