Medicine – Shot Forth Self Living (1992)

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Medicine – Shot Forth Self Living (1992)

 

 

Ando meio de saco cheio de abrir as redes sociais todos os dias e me deparar com ‘tal disco completa hoje X anos’, porque sou velho e chato, e de uma forma geral ver tantos álbuns que amo chegando aos 20, 30, 40 anos, me lembra que EU TAMBÉM ESTOU ENVELHECENDO, PORRA.

Divagações e/ou resmungos à parte, tenho evitado tais efemérides, mas não consigo fugir de algumas. É o caso de Shot forth self living, estreia de Brad Laner e seu Medicine, que agora em setembro (dia 15, exatamente), chegou às 3 décadas. 3 fuckin’ décadas.

Este disco faz parte daquele ról de pedras fundamentais do rock alternativo para quem viveu realmente o rolê lá nos anos noventa, presente no imaginário coletivo do povo que corria atrás do que não estava nas orelhas de todos, os ‘indie true’ (hahaha). 30 anos depois, segue como um pequeno clássico perdido em meio à avalanche de distorções da época.

Laner, uma espécie de cria ianque de Kevin Shields – e um dos grandes heróis do rock independente, ainda na ativa e lançando ótimos trabalhos – costurou aqui shoegaze, dream pop e um bocado de barulho em melodias que sob essa carga de ruídos conservam um espírito pop, ‘docinho’ e tranquilamente assimilável, ao menos aos habitués (risos). Canções como “Aruca”, “Defective” e “Miss drugstore” (❤️❤️❤️) são as provas vivas disso.

E se toda a coisa gazer começou no velho continente, a terra do tio Sam nos trouxe o Medicine (além de Swirlies, Lilys, Starflyer 59, Drop Nineteens…) e numa nova geração o ótimo Ringo Deathstarr, que aos meus ouvidos soa claramente influenciado por, entre outros, a banda do grande Brad Laner e em especial este seu Shot forth self living.

Redescubra.

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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