Meat Puppets – Too High To Die (1994)

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Meat Puppets – Too High To Die (1994)

 

De 1982, ano em surgiram oficialmente no universo da música, até hoje, os Meat Puppets sempre foram considerados – não sem razão – um dos pilares do submundo roqueiro estadunidense. Das bandas que passaram mais tempo no cast da SST (7 anos e 7 álbuns), o trio formado pelos irmãos Cris e Curt Kirkwood mais o batera Derrick Bostrom lançou pelo selo de Greg Ginn alguns dos discos mais chapados da década perdida, mesclando punk, psicodelia, country music e o caralho escambau em clássicos como Meat Puppets II e Huevos, pra citar apenas dois deles.

Todavia, porém, entretanto, não foi com nenhum desses álbuns que eu, você ou as torcidas de corithians e flamengo conhecemos os Puppets. A não ser que você seja o metre Jedi do underground, o lírio dourado dos anos 80, claro. Porque nós, meros mortais, descobrimos os caras com Too high to die, lançado exatamente dez anos após Meat Puppets II, em 1994. Sim, 1994, o mesmo ano em que o Nirvana regravou nada menos que três músicas dos Puppets em seu acústico, o mesmo ano em que Kurt Cobain estourou (ou teve estourados, há quem diga) seus miolos, ano este em que a MTV ainda servia como fornecedora de boa música a um sem número de jovens ávidos por ela e que, após o suicídio de Kurt passou a rodar à exaustão os clipes de “We don’t exist” e (principalmente) “Backwater”.

E foi ali, meu amigo, que o Meat Puppets atingiu o grande público roqueiro-grunge-alternativo-indie-qualquer-coisa que depois passou a descobrir quem eram aqueles 3 sujeitos sensacionais, correndo atrás de Up on the sun (1985) ou Mirage (1987); eu, por exemplo, só consegui este feito quando os discos do trio saíram por aqui via Trama, muitos anos depois. Mas então eu já os achava sensacionais, mesmo desconhecendo seu passado, porque Too high to die trazia, além das duas canções citadas acima, as pop-porém-chapadas “Flaming heart” e “Severed goddess hand”, a blueseira “Roof with a hole” e, lá no finalzinho – antes da versão de “Lake of fire”, sim, uma daquelas do acústico – a punk/caipira/ianque “Comin’ down”. Ah, e um adendo: o álbum foi produzido pelo maluco Paul Leary, guitarrista do Butthole Surfers, e isso tudo já me bastava em 1994. Aliás, me basta até hoje.

Ouça alto!

 

 

Ou no Spotifail

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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