Quando os conflitos entre Michael Rother e Klaus Dinger chegaram ao limite, em 1975, chegava ao fim a vida do Neu!. Enquanto o primeiro seguiu derretendo eletronices em viagens atmosféricas, o segundo fundou o La Düsseldorf com seu irmão Thomas e o amigo Hans Lampe e escreveu mais um capítulo na história do rock chucrute.
O primeiro e homônimo disco da banda, uma homenagem à cidade natal de Dinger, é também uma resposta ao porque do final do Neu!: enquanto, como já dito, Rother estava nuns transes mais cósmicos, seu ex-parceiro – mesmo dividindo o gosto por longas viagens minimalistas – já estava mais próximo ao barulho e, por que não, aos embriões do punk rock.
Claro, a parada aqui não é tipo Stooges ou New York Dolls, mas os últimos minutos da música de abertura e a faixa-título que vem na sequência dão ideia de como a cabeça de seu criador era caótica. E os 35 minutos do álbum são uma ótima régua pra medir o tamanho da influência do La Düsseldorf sobre um monte de gente foda, de Bowie – especialmente na fase Berlim – à, obviamente, Stereolab.
Essencial!
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos