Há alguns meses a maravilhosa aleatoriedade dos nem tão misteriosos caminhos da internet, vulgo algoritmos, me levaram a descobrir o trio novaiorquino Jane Doe Ensemble (nome sensacional, aliás) e seu primeiro disco cheio que roda em nossa vitrola virtual agora, The corruption of waht cheer?, meu novo álbum favorito da última semana.
A banda existe desde 2016, e após dois singles (de 2018 e 2020) veio a maldita pandemia, e durante os dois anos de inferno em que vivemos começaram a gestar o álbum, que viu a luz do dia em agosto de 2022.
Poderia fazer como é costume por aí e traduzir todo o processo de criação do mesmo, mas isso seria um insulto a inteligência de vocês queridos leitores e um desrespeito a Wren Krisztin, Efrem Czajkowski, Aaron Batley, as Janes e o Doe responsáveis por The corruption of waht cheer?. Além do que, no frigir dos ovos, o lance é escutar o disco e sentir a energia que os três imprimiram em cada uma de suas 11 faixas.
O rolê aqui é dissonante, torto, e nos leva direto ao que a no wave fez com o pós-punk de bandas como o seminal Television, triturando literatura/poesia e harmonias vocais junto ao barulho vindo de guitarras (e no caso do JDE, também de sintetizadores). Sabe a escolinha Sonic Youth? Pois bem, aqui temos três alunos deveras aplicados aos ensinamentos de Kim, Thurston, Lee e Steve.
Sem mais, aumente o volume, aperte o play e segura a trip!
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos