Gonjasufi – A Sufi And A Killer (2010)

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Lembrei deste primeiro disco do malucão Gonjasufi hoje enquanto vinha para o trabalho escutando um álbum do maravilhoso SAULT, numa daquelas igualmente maravilhosas sinapses que meu cérebro insiste em realizar quando o assunto é música.

Não me lembro ao certo qual era a canção que tocava, mas em algum momento a letra falava sobre ancestralidade e então Tico & Teco no buraco de minhoca que tenho dentro do crânio e foram parar em 2010, mais exatamente nas primeiras palavras da terceira faixa de A sufi and a killer, “Ancestors” (‘ancestors take my hand…’), e voila.

Voltando a Sumach Ecks, nome de batismo de Gonjasufi: o cara era professor de yoga em San Diego até que em 2006 largou a praia rumo ao deserto de Las Vegas; nesse período já estava envolvido com música, fazendo rap e discotecando, até que numa visita a Los Angeles conheceu Flying Lotus e Gasslamp Killer. Ficaram chegados e Ecks que então já produzia de forma caseira os convidou a, bem, chapar o globo com ele, e resumidamente dessas viagens brotou A sufi and a killer.

O álbum que saiu em março de 2010 é absolutamente inclassificável, indo de rap de baixa fidelidade/glitch hop (com a voz mumificada de Sumach) à várias tonalidades psicodélicas – sessentistas e/ou contemporâneas -, do punk stoogiano à música indiana e por aí afora, volta e meia entrecortados por ruídos e outras interferências. Uma parada meio eletrônica, meio orgânica, com um ar místico surreal e totalmente com cara da Warp que o lançou.

Caso desconheça, descubra e aproveite a viagem. Se já desfrutou dessa brisa, vem cá que ela segue da boa.

‘I wish a was a sheep…na na na’

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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