Flying Moon In Space – Zwei (2022)
Já falei aqui (e na versão radiofônica deste blogue) uma centena de vezes: seguir a Fuzz Club em redes sociais e/ou assinar seu feed pra receber as novidades que lançam é descobrir muita, mas muita coisa foda.
As antenas do selo inglês captam diversas frequências sonoras mundo afora, e mesmo sendo mais conhecidos por sua ligação simbiótica com a cena psych, não se limitam a um gênero/estilo específico. Prova disso é Zwei, segundo disco do combo alemão Flying Moon in Space, que em nada lembra a psicodelia sinistra e ruidosa que é, por assim dizer, a ‘marca d’água’ da FC.
Lançado em junho, o álbum começou a ser construído durante a pandemia, com cada um dos seis integrantes da banda enviando fragmentos musicais uns aos outros, até que se formassem fragmentos maiores e, enfim, demos. Quando a sombra da covid-19 começou a se dissipar, o sexteto levou essas demos a um estúdio perdido numa floresta da República Tcheca e assim oficialmente nasceu Zwei.
Completamente diferente dos primeiros registros do Flying Moon lançados de forma independente em 2018/19 e em muitos aspectos também de sua estreia homônima pela Fuzz Club, este disco é a ‘versão pandêmica’ da banda, que – segundo os próprios membros – se viu esticando seus limites pessoais, estéticos e sonoros durante o processo de criação; o resultado dessa expansão são batidas eletrônicas, gravações de campo (incluindo em uma igreja), loops e sintetizadores tornando a música dos alemães alguns degraus menos experimental e mais acessível, flertando com dance music e new wave oitentista. Se em alguns casos uma mudança desse tipo seria catastrófico, aqui funcionou bem pra caralho perfeitamente.
Recomendamos escutar no talo!
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos