Faith. No Man – Quiet In Heaven/Song Of Liberty (1983)
Antes de Mike Patton e “Epic”. Antes de Chuck Mosley e “We care a lot”. Antes até de Courtney Love ou Paula Frazer, já existia o gene do que viria a ser o Faith no More que todos conhecem e amam. Ou apenas conhecem. Enfim , foda-se quem não ama.
O lance é que no final dos anos 70 havia uma banda californiana chamada Spectators, e dela saíram dois sujeitos: Mike Morris e Wade Worthington, que decidiram montar outro grupo e pra isso puseram um anúncio em uma loja de discos procurando um baixista e um baterista. Aí entram em cena Billy Gould e Mike Bordin, e assim nascia o Sharp Young Men.
Sob essa alcunha entraram no estúdio do então também jovem Matt Wallace para gravar seu primeiro single, e entre esse processo e o lançamento de Quite in heaven/Song of liberty – o tal debute – Worthington abandonou o barco, sendo foi substituído por um amigo de infância de Billy Gould, Roddy Bottum. Nesse meio tempo a banda mudou seu nome para Faith. No Man e saiu em turnê para divulgar o recém lançado e elogiado trabalho, mas antes que a coisa toda decolasse o molho desandou e Gould, Bordin e Bottum saíram pela tangente e formaram o Faith no More, que após experimentar uma série de vocalistas (entre os quais as citadas Courtney Love e Paula Frazer) chegaram até Chuck Mosley, gravaram “We care a lot” com a produção do mesmo Matt Wallace e o resto, como dizem, é história.
Como dito o single foi bem recebido e recebeu comparações a outros tantos pós-punks da época, e é realmente pós-punk. Mas AQUELA cozinha, ah, AQUELA cozinha fora da curva já grita bem alto. Ouça Quite in heaven/Song of liberty e ateste. Ou discorde.
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos