Devo – Q: Are We Not Men? A: We Are Devo! (1978)

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Nos últimos dias andei pensando na quantidade de bandas que amo e escuto desde sempre e que nunca passaram por aqui. Caralho, são incontáveis grupos de diferentes estilos/gêneros e épocas, e provavelmente só serei capaz de passar essa lista a limpo quando minha filha mais nova assumir esse blogue (ela tem 2 anos).

Hoje começo esse movimento de ‘tirar o atraso’, e pra iniciar a jornada rumo ao infinito nada como desenterrar um dos discos que mais ouvi na vida, especialmente na aurora de minha adicção em música.

 

 

Q: Are we not men? A: We are Devo!, como todos sabem – ou deveriam saber, né porra? – é a estreia em acetato do Devo, aquela banda esquisita, sensacional e, por que não, subestimada da primeira onda new wave que varreu a terra do tio Sam na segunda metade dos anos 70, mais ou menos junto ao pós-punk e ao pai de ambos, o bom, velho e surrado punk rock.

Se você fizer uma pesquisa rápida na internet vai descobrir que eles vieram de Ohio, que são tão nerds, distópicos, futuristas e estranhos quanto parecem, e que de tão foda ninguém menos que Bowie, Iggy, Eno e Fripp queriam produzir seu debute. Eno levou a melhor, acompanhado por Bowie (que os achava ‘o futuro da música’ e os indicou a Warner), mas no fim do rolê Brian não se entendeu bem com os meninos, provavelmente porque era muita piração prum álbum só, e todas as ideias mirabolantes do produtor só foram usadas em umas três faixas (risos).

 

 

Outras historinhas, como a da capa de Q? A! – que envolve a foto sarrista do jogador de golfe Chi Chi Rodriguez – mostram que o Devo sabia como ninguém criticar de forma sarcástica e irônica a sociedade ianque dos anos 70 e suas muitas bizarrices. Se a banda só viria a atingir sucesso comercial dois anos depois com Freedom of choice (que traz “Whip it”, conhecida pelos mais jovens na trilha sonora de Stranger things) e explodir definitivamente no mainstream com o single “That’s good” em 82, foi aqui que eles mostraram ao mundo a que vieram. “Mongoloid” é hit da vida, pra vida toda 🖤.

Essencial!

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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