Blackblack – Blackblack (2006)

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Há uns tempos atrás (mais exatamente dois meses) pus na roda os dois álbuns das gurias do Automatic, e à ocasião prometi compartilhar também o Blackblack, banda que as irmãs Dompé dividiam antes de Lola formar as automáticas.

Como promessa é dívida, hoje é a vez da primogênita da família de Kevin Haskins dar as caras por aqui com o primeiro, único e homônimo disco de seu grupo, que além da caçula tinha também em sua formação o então namorado de Diva, Alex Greenwald (do Phanton Planet, lembram deles?).

Blackblack, o álbum, nem de longe soa como o Automatic (apesar da mesma fixação com ficção científica nos temas) ou os trabalhos musicais de Diva dele em diante (ela tocou com o Pocahaunted em paralelo a sua carreira solo – mais voltada à misturas eletrônicas com o que lhe viesse à cabeça, de percussões africanas a trevas góticas – e depois, até onde sei, gravou álbuns de meditação…).

Aqui a parada é basicamente indie rock de viés experimental, torto e desleixado, com influência clara de Pavement e Deerhoof mas que lembra mesmo um Atlas Sound (risos) mais barulhento, por ter o mesmo ar caseiro e lo-fi do ‘projeto’ de Bradford Cox.

No entanto essas referências são mais pra nortear a ideia, já que no fim das contas o que realmente importa é escutar a parada. Dito isso, aumente o volume, saque o Blackblack e ateste que, como eu escrevi no texto sobre o Automatic, a genética sempre vence. Queiram os negacionistas ou não.

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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